segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Distúrbio do sono REM é fator de risco para o Parkinson


O distúrbio comportamental do sono REM (fase do sono na qual ocorrem os sonhos), caracterizado por pesadelos nos quais a pessoa grita, chora, dá socos ou pontapés, pode ser um problema anterior ao desenvolvimento da doença de Parkinson. O último de três estudos sobre a associação entre os dois problemas acaba de ser publicado no periódico médico britânico Lancet Neurology.


O primeiro trabalho, realizado em 2006, mostrou que 45% dos pacientes que sofrem de distúrbios comportamentais do REM acabam desenvolvendo Parkinson ou outras doenças neurodegenerativas causadas pela falta de dopamina no cérebro. O segundo estudo, por sua vez, descobriu que testes de neuroimagem que medem a dopamina no cérebro são úteis para identificar pacientes com distúrbios no sono REM com mais riscos de desenvolverem doenças neurodegenerativas.


A última das três pesquisas, a que acaba de ser publicada, usou a tomografia computadorizada para quantificar os níveis de dopamina no cérebro dos pacientes com distúrbios comportamentais do sono REM. Descobriu-se, assim, que os níveis do neurotransmissor diminuem rapidamente nesses pacientes, com o passar dos anos.


Durante o terceiro estudo, os pesquisadores analisaram por três anos a evolução dos exames de tomografia computadorizada de 20 pacientes com distúrbios comportamentais do sono REM e de 20 pacientes saudáveis, usados como grupo de controle. Com a técnica de neuroimagem, foi medida a presença de dopamina na substantia nigra, região do cérebro responsável pela produção de dopamina e associada ao aprendizado e à harmonia dos movimentos do corpo.


Na doença de Parkinson, uma deficiência de dopamina na substantia nigra causa tremor, rigidez e lentidão dos movimentos nos pacientes. Os resultados mostraram que, depois dos três anos de monitoramento, o grupo controle teve uma redução na produção de dopamina de 8%, devido ao avanço da idade. Já os pacientes com distúrbio no REM tiveram uma redução de 20%. Dos 20 pacientes deste último grupo, três tinham desenvolvido Parkinson e apresentaram uma redução de dopamina de cerca de 30%.


Com a finalização dos três trabalhos, a equipe de pesquisadores liderada por Àlex Iranzo, do Hospital Clínico de Barcelona, concluiu que é necessário a criação de drogas neuroprotetoras que previnam a progressão dos distúrbio de comportamento do sono REM para o Parkinson. De acordo com eles, pela primeira vez os cientistas têm uma técnica – a tomografia computadorizada – para avaliar se essas drogas são efetivas.




Fonte: Enfermagem e Saúde

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Dor de Cabeça



Confira algumas características da dor de cabeça. É importante lembrar que só o médico pode fazer um diagnóstico completo!

Tensional episódica é o mais comum. É causado por falta de sono, estresse e cansaço ou por algum acidente que afete a musculatura do pescoço.
Durante as crises, desde que nunca mais de duas vezes por semana, podem ser usados analgésicos associados ou não à cafeína, substância que, além de aumentar a velocidade de absorção do remédio, também funciona como analgésico no cérebro.




Em momentos de crise, geralmente provoca os seguintes sintomas:


A dor se parece com um peso, pressão ou aperto, como se houvesse uma faixa ou capacete apertado em volta da cabeça;


Normalmente a dor é localizada na testa e/ou na nuca e topo da cabeça;


Tem intensidade leve a moderada ou moderada, não impedindo as atividades rotineiras diárias;


Não raro a dor melhora com atividade física ou relaxamento;


Na maioria dos casos, não há sintomas associados e alguns pacientes podem se queixar de intolerância, durante a dor, a ruídos mais intensos (fonofobia);


A dor pode durar de horas a até 7 dias;


A freqüência pode variar muito. Há pacientes que têm dor menos de uma vez por mês, enquanto outros, mais de 15 dias em cada 30 (forma crônica).


Como se livrar da dor de cabeça?


Quem nunca sentiu aquelas pontadas doloridas no crânio, que às vezes refletem no pescoço ou no rosto? 

No Brasil, pesquisas mostram que 75 em cada 100 pessoas sofrem cotidianamente com a dor de cabeça. E muitos pioram a situação achando que uma passadinha na farmácia resolve - a automedicação é especialmente perigosa em casos mais graves, como a enxaqueca.

A boa notícia é que há tratamentos específicos para grande parte dos mais de 200 tipos de cefaléia, nome científico da dor de cabeça.


Os três mais comuns são a tensional episódica, caracterizada por um "peso" ou "aperto" na cabeça; em salvas, quando a sensação é a de levar "facadas"; e a enxaqueca, em que a dor é aguda e de longa duração.


E como se tratar?
"O primeiro passo é procurar um médico e relatar o histórico das dores: quantas vezes aparece no dia, quanto tempo duram as crises, qual a intensidade e o local. Toda dor de cabeça tem uma causa e só o médico pode diagnosticar com exatidão que tipo de tratamento se deve seguir", explica a neurologista Carla Jevoux, da Sociedade Brasileira de Cefaléia.





Fonte: Portal Terra – Vida e Saúde