segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Qual é o melhor colchão para se dormir?



O que é um colchão ortopédico ou semi-ortopédico? Qual o melhor colchão para se dormir, um confortável ou o firme, que não entorta a coluna? Segundo o ortopedista Nelson Elias, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, pouco importa o tipo de colchão, desde que seja confortável.


Para ele, as causas das dores na coluna não estão apenas no tipo de colchão com que se dorme, mas em outros fatores que interferem nas contrações musculares e que podem relacionados a problemas de coluna, renais, de útero, de ovário, de pulmão ou até a questões emocionais.

"Às vezes, as tensões musculares são apenas resultado do dia a dia", explica. "Dor na coluna é a segunda maior reclamação nos consultórios, só perde para as dores de cabeça", opina o médico, com base em sua experiência e na dos colegas.

Por isso, em sua opinião, mais importante do que procurar colchões ortopédicos são as orientações preventivas para evitar lesões musculares e maus hábitos posturais. Por exemplo, dobrar o joelho quando for pegar algum objeto no chão em vez de abaixar a coluna, tomar cuidado ao pegar peso ou cuidar para não acumular gordura na barriga.

Caso as dores já tenham se instalado e permaneçam por muito tempo, ele sugere que, primeiramente, se consulte um ortopedista antes de culpar o colchão, pois é preciso conferir todas as hipóteses. "Muitas vezes, o paciente não tem um problema de coluna, mas um pequeno desvio, comum à maioria das pessoas, e que não atrapalharia em nada. Mas por ele desconhecer o próprio corpo, precisa se acomodar melhor com a estrutura de seus ossos, encontrar uma postura mais adequada, desfazer hábitos de contração muscular", explica a professora de educação física Rejane Benaduce.

No caso de haver problema de coluna, as dores podem estar sendo influenciadas pelo desgaste natural do osso ou por desvios resultantes do processo de crescimento e que, portanto, não podem mais ser mudados no adulto. "Essas últimas, decorrentes do processo de formação da coluna,são as mais difíceis de se aceitar, pois poderiam ter sido prevenidas se diagnosticadas na infância ou na adolescência", explica.

Com os exames, o médico verifica o grau de interferência da atual estrutura do osso do paciente no funcionamento dos tecidos e órgãos internos. Problemas de coluna – que é bem diferente das dores – são irreversíveis. É preciso aprender a conviver com eles ou, nos casos muito graves, apelar para os recursos cirúrgicos. Em geral, com os recursos certos, como o de um fisioterapeuta ou outra técnica de consciência corporal, é possível aceitar a deformidade nos ossos. "Uma artrose, muitas vezes, existe sem doer", afirma Nelson.
Nos casos dos adultos com deformidade óssea menos grave mas em que a dor na coluna persiste, o médico indica outros profissionais que possam ajudar a descobrir outras possíveis soluções para as tensões musculares.

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